De Cara Pro Vento

Uma mulher guerreira subiu num pau de arara.
Ainda menina, sem eira nem beira, partindo do nada pro nada,

ela veio com a cara, a coragem e um matulão.

Essa mulher guerreira deu luz em meio à treva.
Um homem dizendo ser rei a levou pra morar num castelo

que era areia ao vento que logo soprou pondo tudo ao chão.

Mas a mulher guerreira (hei) sacudiu a poeira.

Foi pai, foi mãe, foi tudo, foi espada, foi escudo,

foi exemplo de vitória ao transcender sua própria história,

foi na sua e foi na fé, e foi assim mulher.

Desperto o que há em mim daquilo que és tu.

Não vou ser cria dele, quero mesmo é ser a tua semelhança,

nessa dança a gente sente que há em nós

Força!

Força!

Força!

Força!

Força!

Força!

Força!

Força!

Uma mulher guerreira (hei) sacudiu a poeira.

Foi pai, foi mãe, foi tudo, foi espada, foi escudo,

foi exemplo de vitória ao transcender sua própria história,

foi na sua e foi na fé, e foi assim mulher.

Uma mulher guerreira subiu num pau de arara.

Ainda menina, sem eira nem beira, partindo do nada pro nada,

ela veio com a cara, a coragem e um matulão.

Oh luz, estás em tudo e no nada se faz.

Oh luz, torna segundos eternos canais daquilo que não tem começo e nem fim.
Oh luz, uma faísca do vosso calor acenderá fogo, chama de amor, mostrando vida até mesmo na morte.
Oh luz, oh luz, leva-nos onde não existe aonde, nem quando, nem como, nem se, nem será.

Musicando a vida se faz mais bonita,

pois nela está contida a canção mais sagrada que é a gargalhada da criança interior.

Musicando a vida se faz mais bonita,

pois nela está contida a canção mais sagrada que é a gargalhada da criança interior.

Oh luz, estás em tudo e no nada se faz.

Tava lá enxugando gelo, debaixo da chuva que caiu sobre o molhado, pro meu desespero.
Quando vi nada daquilo levaria a nada, pus na costa um matulão, meti o pé na estrada.

Sobre o lombo dum jumento, de cara pro vento, de carona em pau de arara, de vento pra cara.

Oxalá! Pai Krishna! Maria, mãe de Deus, na certeza de que sou também um filho teu.

Oh Mãe, senti teu toque no vento, a tua força num raio cruzando o céu, um alento.

Eparrei Iansã!

É nessa força que eu vou pelo caminho. Como já dizia Geno, como já cantava Gino

“Nós capota mas não breca!

Nós chacoaia e não derrama!

Nós enverga mas não quebra!

Nós balança mas não cai!”

Hei! Osso duro de roer!

Tava lá enxugando gelo, debaixo da chuva que caiu sobre o molhado, pro meu desespero.
Quando vi nada daquilo levaria a nada, pus na costa um matulão, meti o pé na estrada.

Sobre o lombo dum jumento de cara pro vento, de carona em pau de arara de vento pra cara.

Oxalá! Pai Krishna! Maria, mãe de Deus, na certeza de que sou também um filho teu.

Oh Mãe, senti teu toque no vento, a tua força num raio cruzando o céu, um alento.

Oh mãe!

Tava lá enxugando gelo, debaixo da chuva que caiu sobre o molhado, pro meu desespero.
Quando vi nada daquilo levaria a nada, pus na costa um matulão, meti o pé na estrada.

Sobre o lombo dum jumento de cara pro vento, de carona em pau de arara de vento pra cara.

Oxalá! Pai Krishna! Maria, mãe de Deus, na certeza de que sou também um filho teu.

Oh Mãe, senti teu toque no vento, a tua força num raio cruzando o céu, um alento.

Oh mãe!

Eparrei Iansã!

É nessa força que eu vou pelo caminho. Como já dizia Geno, como já cantava Gino

“Nós capota mas não breca!

Nós chacoaia e não derrama!

Nós enverga mas não quebra!

Nós balança mas não cai!”

Hei! Osso duro de roer!

Tava lá enxugando gelo, debaixo da chuva que caiu sobre o molhado, pro meu desespero.
Quando vi nada daquilo levaria a nada, pus na costa um matulão, meti o pé na estrada.

Sobre o lombo dum jumento de cara pro vento, de carona em pau de arara de vento pra cara.

Oxalá! Pai Krishna! Maria, mãe de Deus, na certeza de que sou também um filho teu.

Oh Mãe, senti teu toque no vento, a tua força num raio cruzando o céu, um alento.

Oh mãe!

A cabocla dança no compasso da voz do silêncio, que é o som da esperança de Deus sobre nós.

Caboclinha dança samba, rock, canções de Woodstock, e me inspira esse canto de axé e afoxé.

Até mesmo o barulho do caos da cidade ela dança,

entre o bem e o mal a cabocla dança.

Essa cabocla é a expressão da vida.

Arrancando a pele pra poder ser lida pelos olhos de Deus,

a releitura cabe aos olhos meus e de quem tiver a sorte de cruzar seu caminho.

Caboclinha dança no compasso da voz do silêncio, que é o som da esperança de Deus sobre nós.

A cabocla dança samba, rock, canções de Woodstock, e me inspira esse canto de axé e afoxé.

Até mesmo o barulho do caos da cidade ela dança,

entre o bem e o mal a cabocla dança.

Essa mulher é a coisa mais querida.

Arrancando a roupa pra poder ser lida pelos olhos meus,

a releitura cabe aos olhos de Deus,

e só.

Sinto-me um cara de sorte, minha morte não me quis.

”Seja feliz!” disse-me a tristeza.

Oh! Que beleza ver na escuridão a luz.

A lucidez se fez muito louca, se foi como uma roupa que não serve mais a ilusão.

Sinto-me um cara de sorte, pois a vida está em mim.

Deixo-me ir pela correnteza, à natureza do que mais vier,

florindo e descobrindo novidades nos dias iguais.

Sendo assim, advinda da lama, é que a lótus enfim desabrochará

trazendo o acalanto para o pranto, canto divinal,

sendo e transcendendo vida, morte e todos os plurais.

Somos um.

Somos um.

Somos um.

Somos um.

Somos um.

Não se pode ser o que se tem, irmão,

tampouco prever o que está por vir.

Então quem garante pra gente que assim, de repente, essa gente não venha a cair em si

e ver que o que mais vale é o que não cabe no material?

Eu hoje acordei com a macaca e peguei da gaveta todas suas cartas para queimar e te enviar às cinzas.
Mas ouvi dizer da macaca ”Não faça! Desfaça!”, as joguei pela casa e fui pra rua,

e ao retornar, em suma, eu deitei

e sonhei com uma lua bonita, onde tocavam cítaras e flautas de Pã.

E um berimbau de boca na boca dum tal de São Jorge

fazia loucuras com a minha cabeça que a essa altura estava de bandeja pro dragão.

Ai, meu Deus!

Com essa o dragão não contava, o santo mais forte era o meu.

Que força tinha sua espada!

Ai, meu Deus!

Com essa o dragão não contava, o santo mais forte era o meu.

Que força tinha sua espada!

Eu sou guerreiro de Aruanda!

Eu sou guerreiro de Aruanda!

Eu sou guerreiro de Aruanda!

Agora acordei sem macaca e pensei ”Que loucura!”,

esse sonho de cura foi como uma carta do mundo de lá

me lembrando que o mundo da gente não é o de cá.

Eu sou guerreiro de Aruanda!

E um berimbau de boca na boca dum tal de São Jorge

fazia loucuras com a minha cabeça que a essa altura estava de bandeja pro dragão.

Ai, meu Deus!

Com essa o dragão não contava, o santo mais forte era o meu.

Que força tinha sua espada!

Eu sou guerreiro de Aruanda!

Eu sou guerreiro de Aruanda!

Eu sou guerreiro eiro eiro eiro eiro eiro eiro eiro eiro eiro ê!

Ogunhê!

Quando essa canção chegar até os teus ouvidos,

meu amor, eu peço que não tente se esquivar.

Peço desculpas se não faço mais sentido,

e se eu não fui um bom amigo é porque eu não soube lidar.

Pois eu não sei dizer adeus.

Pois eu não sei dizer adeus.

Pois eu não sei dizer adeus.

Pois eu não sei dizer adeus.

”Hoje segues de novo…

Na partida nem o pranto os teus olhos umedece,

nem te comove a dor da despedida.

E eu, solitário, volto a face, e tremo

vendo o teu vulto que desaparece

na extrema curva do caminho extremo.”

Quando a poesia entorpecer os teus sentidos,

meu amor, eu peço, não hesite em me ligar.

Eu quero ser o teu abrigo, eu quero ser o teu perigo,

eu quero ser mais que um amigo.

Pois eu não sei dizer adeus.

Pois eu não sei dizer adeus.

Pois eu não sei dizer adeus.

Pois eu não sei dizer adeus.

Eu vi um caminhão, refletido em teu olhar, a mergulhar na escuridão.

Eu vi um caminhão, refletido em teu olhar, a mergulhar na escuridão.

Eu vi um caminhão, refletido em teu olhar, até sumir na escuridão.

Fui convidado pra uma festa de caretas, mas fiquei lelé da teta quando cheguei no lugar.

Não tinha rock, samba, pop, nem baião. Meu axé, meu afoxé, cheguei com minha opinião.

Intransigente ao ver tanta gente crente de que um deus onipotente nos condena por dançar.

Eu vi “messias”, disfarçados, picaretas, e saquei suas mutretas por debaixo de um altar,

onde se via prata, ouro e diamantes, um senhor muito elegante e seu rebanho a minguar.

Amargamente via o povo assim, carente de um deus onipresente que só não estava lá.

Oh pai! A minha dor é ver que Deus pode ser eu.

Mas se Deus sou eu, e eu sou ateu…

Fui de gaiato nessa festa chapuleta, sete-peles e facetas e pecados capitais.

Eu pago o pato, pago mico e saliento:

SÓ NÃO PAGO DEZ POR CENTO PRA VOCÊ SE ABURGUESAR!
A besta-fera, vendo além das aparências, vê na cara da ciência o olho de quem tudo vê

chorando a chuva que caiu como uma luva, do Japão à Aricanduva, do pari até o Pará.

Rá! Rá!

Regando a mente coletiva, onisciente, porque Deus está aqui e em nenhum outro lugar.

Oh, Deus está aqui e em nenhum outro lugar.

Deus está aqui e em nenhum outro lugar.

Oh, Deus está aqui e em nenhum outro lugar.

Meu Deus está aqui e em nenhum outro lugar.

Oh pai, a minha dor é ver que Deus pode ser eu.

Mas se Deus sou eu, e eu sou ateu,

quem é Deus?

Meu coração não aguenta mais ver o que tentamos fazer de nós.

Desabrochou a tal fulô, a nossa rotina se fez nossa sina,

e nesse vai e vem e vai e vem e vai e vem e vai eu fui.

Desabrochou a tal fulô, o nosso perigo se fez nosso amigo,

e foi somente assim que pude ver que há em mim o amor.

Ah, o amor…

Ah, o amor sussurra ao pé do ouvido coisas sem sentido,

só pra ver se a gente se entende por gente.

Mas eu quero mesmo ver a gente sendo bicho,

tomando a fazenda e derrubando a granja,

para instituir republica dos bichos; bichos, bichas e quem mais vier pra dança.

A liberdade irá cantar.

Mãe gaia pia e convoca suas crias, pois uma batalha começou.

Seu brado forte rasga o céu de norte a sul, vem decretando:

É FLORESTA DE PÉ E FASCISMO NO CHÃO.

O Assum Preto, depois de tanto desterro, em seu cantar denunciava quem lhe quis silenciar.

A bicharada era dentada, era patada, era rabada, era lapada na cara do caçador.

E eu tocava violão, pois minha arma sempre foi a arte, assim me faço parte da revolução.

Mas se é preciso chamo meu guerreiro, e ele vem ligeiro de espada na mão.

Pois toda guerra que acontece pela esfera representa o que é de dentro e lá não pôde se curar.

O que é o ódio se não for fruto do medo de na cara do terceiro ver a tua e se assustar.

E eu me vejo em você, e nos teus olhos vejo quase tudo, só não vejo o fundo, pois talvez não haja.

À la Ganesha entrego minha cabeça, rasgo o peito, e a alma sai para dançar.

Mas eu quero mesmo ver a gente sendo bicho,

tomando a fazenda e derrubando a granja,

para instituir republica dos bichos; bichos, bichas e quem mais vier pra dança.

Mas eu quero mesmo ver a gente sendo bicho,

tomando a fazenda e derrubando a granja,

para instituir republica dos bichos; bichos, bichas e quem mais vier pra dança.

Mas eu quero mesmo ver a gente sendo bicho,

tomando a fazenda e derrubando a granja,

para instituir republica dos bichos; bichos, bichas e quem mais vier pra dança.

Eu vi nascer a nossa flora, forrando o solo em tons de aurora boreal,

alimentando a nossa fauna, tecendo as linhas de uma história natural.

Até que o ”eu”, rendido às armadilhas do seu ego, se fez cego e disse ”É tudo meu!”.

E desde então, em nome do progresso, é só regresso.

Desordem e regresso às nossas tribos, desordem e regresso.

Eu vi nascer a nossa flora, forrando o solo em tons de aurora boreal,

alimentando a nossa fauna, tecendo as linhas de uma história natural.

Até que o ”eu”, rendido às armadilhas do seu ego, se fez cego e disse ”É tudo meu!”.

E desde então, em nome do progresso, é só regresso.

Desordem e regresso às nossas tribos, desordem e regresso.

Cari tem que entender que todos são goiás,

cari tem que entender que todos são goiás

pra Guaraci poder brilhar em paz,

pra Guaraci poder brilhar em paz.

Cari tem que entender que todos são goiás,

cari tem que entender que todos são goiás

pra Guaraci poder brilhar em paz,

pra Guaraci poder brilhar em paz.

Cari tem que entender que todos são goiás,

cari tem que entender que todos são goiás

pra Guaraci poder brilhar em paz.

Eu vou gritar, vou urrar nossa dor onde me pedem confetes e flores.

Mentiras! Eu vou sambar e lutar pelo amor.

Eu vou gritar, vou urrar nossa dor onde me pedem confetes e flores.

Mentiras!

Mentiras!

Mentiras!

Mentiras!

Mentiras!

Mentiras!

Eu vou sambar e lutar pelo amor.

Canto pra fazer barulho, canto pra te incomodar,

se fosse pra ser bonito cantava la la la la.

Lara la la la la lalarunderunde, laia la la laia, la lareiereie

Laia la la la larararunderunde, laia la la laia, larareiereie

Canto pra fazer bonito pra quem sabe sambar,

se fosse pra ser barulho cantava la la la la.

Lara la la la lara larunderunde, laia la la laiaralareiereie

Laia la la la lara larunderunde, laia la la laialaraleiereie

”Meu governo tem o compromisso solene com a preservação do meio ambiente e do desenvolvimento sustentável em benefício do Brasil e do mundo. Nossa Amazônia é maior que toda a Europa ocidental e permanece praticamente intocada, prova de que somos um dos países que mais protege o meio ambiente. Nessa época do ano o clima seco favorece queimadas espontâneas.”

“Mas a família, como está na constituição, se eu não me engano no artigo 216, é um homem e uma mulher.”

“Se for ver a história realmente o português nem pisava na África, os próprios negros que entregavam os escravos.”

“Fio, escute bem, nunca houve ditadura no Brasil. Nunca que houve ditadura no Brasil. Nunca!”

“Acabou a mamata.”

Mentiras, mentiras, mentiras…

Eu vou sambar e lutar pelo amor!

Canto pra fazer barulho, canto pra te incomodar,

se fosse pra ser bonito cantava la la la la.

Lara la la la lara larunderunde, laia la la laia larareiereie

Laia la la la lara larunderunde, laia la la laia larareiereie

Canto pra fazer bonito pra quem sabe sambar,

se fosse pra ser barulho cantava la la la la.

Lara la la la la lararunderunde, laia lara laia lalareiereie

Laia la la la la lararunderunde, laia lara laia larareiereie

Nunca vou curvar-me à sua tropa,

jamais lamberei essas botas imundas

com as quais você passa levando a desgraça

por onde a sua corja rasteja.

Tem um pedaço do passado em mim, um estilhaço do teu eu no meu,

como uma lágrima que se fez tinta só pra pintar pra sempre

o meu, o seu, o nosso

castelo de cartas marcadas nesse jogo sujo

que agora se embaralha ao vento que vem soprar segredos meus.

Há uma parte do passado aqui, pelos escombros do que foi um lar,

mas nosso choro transformou-se em chuva para regar e eternizar.

O nosso choro transformou-se em chuva pra nos banhar em nossas próprias lágrimas,

nos ensinando uma lição sagrada, que o amor dói mas é pra nos curar.

O nosso choro transformou-se em chuva pra nos banhar em nossas próprias lágrimas,

nos ensinando uma lição sagrada, o amor dói para nos lapidar.

Tem um pedaço do passado em mim, um estilhaço do teu eu no meu,

como uma lágrima que se fez tinta só pra pintar pra sempre

o meu, o seu, o nosso

castelo de cartas marcadas nesse jogo sujo

que agora se embaralha ao vento que vem soprar segredos meus.

Há uma parte do passado aqui, pelos escombros do que foi um lar,

mas nosso choro transformou-se em chuva para regar e eternizar.

O nosso choro transformou-se em chuva pra nos banhar em nossas próprias lágrimas,

nos ensinando uma lição sagrada, que o amor dói mas é pra nos curar.

O nosso choro transformou-se em chuva pra nos banhar em nossas próprias lágrimas,

nos ensinando uma lição sagrada, o amor dói para nos lapidar.

E o meu pranto fez-se assim um canto, que é pra eu cantar, cantar, cantar.

Ele é a faca que matou Katendê,

ele é a bala em Marielle,

ele é o ódio à flor da pele,

ele é o sangue na favela,

ele é o mal.

Onde nos quero livre ele é a jaula,

a hipocrisia em ditos cidadãos de bem

que se escondem num discurso isento,

ele é você

que não se vê ao lado de quem goza da coragem de dizer:

Pro fascismo NÃO MAIS!

Pro machismo NÃO MAIS!

homofobia NÃO MAIS!

pra transfobia NÃO MAIS!

Pro nazismo NÃO MAIS!

Pro racismo NÃO MAIS!

Xenofobia NÃO MAIS!

Qualquer fobia NÃO MAIS!

Intolerância não mais, não mais, não mais, não!

Ele não!