Olha Que Lindo

Ilusão, ilusão, ilusão
Deixe essa falta de vontade
Faça uma reza forte, quem sabe um dia
Sobe a escada com os próprios pés
Reclamando da vida
E se fosse mudo?
Ilusão
Leve na cabeça, tenha de cor
Amor é sacrifício, é o bem maior
Temendo a morte chora lembrando
Quando era criança, enganando o tempo
Ilusão
Desviando os olhos do irmão
Que sofre do seu lado
E se fosse cego?
Ilusão…

Olha que lindo
Os olhos dela
Escorrendo da alma a dor
Água salgada leva o pesar
Dilui o amargo sofrer
Entre as voltas perder o ar
Esperança surgindo
Batendo, no peito matar
E num lance resolver
E em paz admirar
Olha que lindo
Os olhos dela

Superei o meu temor
Sinto alegria, no teu colo
Renovei o bem estar
É um novo dia, no teu colo
Admirar

Entrego em suas mãos
A mais fina sintonia
O primor da alegria
O amor que contagia
Entrego em suas mãos
O meu último gole
Por esse amor que me comove
Que me ganha, me resolve
Entrego em suas mãos
Meu coração
Meu raio de luz
Minha fé, o meu mar
Um cantinho no meu lar
Meu coração
Acelerou, bateu
O teu olhar no meu
E mil vezes agradeço
Entrego em suas mãos

Você pediu, eu escutei
Segredos que não se dizem a ninguém
Pro mundo partiu, e quem há de segurar
Se a intenção existe num lance de olhar
Carrega dentro do peito seu grande pesar
A dor de quem não pode amar direito
Você escolheu a condição de esquecer
O mais certo agora é cuidar pra não perder
Seu breve espaço sem grandes contradições
Pois assim que seja em outro mundo de ilusões
Carrega dentro do peito seu grande pesar
A dor de quem não pode amar direito

Conta comigo
Pro que for
Tô sempre contigo
Amor, pro que for
Conta comigo
Se precisar
Seja pra rir, pra chorar
Amor, pro que for
Sempre contigo
Amor

Me dê
Carinho, meu bem
Que eu sou seu neném
Me dê
Vem cá
Pro colinho meu bem
É seu, não é de ninguém
Vem cá
Desse jeitinho que eu gosto de ficar
Desse jeitinho que eu gosto de ficar
Esse jeitinho que é só seu
Se eu descubro esse jeitinho
Como eu gosto!

Se eu fosse um elefante, esmagaria essa dor
Nunca mas serei como antes, minha memória é o meu valor
Se eu fosse um elefante, um mamute devastador
Seria uma ameaça constante, minha alegria é o seu horror!
Se eu fosse um elefante
Esmagaria essa dor
Se eu fosse um elefante, ninguém iria rir de mim
Se zombassem do meu semblante, despedaçaria com o meu marfim
Se eu fosse um elefante, acasalaria com amor
Com alguém que realmente me ame, pra decepar a minha dor

Blusas espalhadas pelo chão
Retratos diferentes
Quando é que a gente vai chegar?
Papéis circulares retorcidos
Que contam sempre uma história
Quando é que a gente vai chegar?
Um azul meio escuro desbotado
No cantinho da sala pra descansar
Quando é que a gente vai chegar?

Aceite a desculpa de quem já viveu
E que muito já sofreu
Por um amor sem condição
Mas não sinta pena
Esse hábito de não me comedir
Ir pro bar e me distrair
Bebo até não existir
Mais problemas
Mas não sinta pena
Mas não sinta

Não dorme não
Pois existe tanta vonatde
De acordar toda cidade
Deixa pra depois
Não dorme não
Nesse quadrado de felicidade
Deposito amor para a eternidade
Deixa pra amanhã
Quem virá nascer outro dia,
Que virá a ser outro dia?

Agora tô sem tempo
Depois a gente vê isso
Me esqueça um pouco
Mas não precisa chorar
Agora tô sem tempo
Você sabe é assim mesmo
O dia está tão bonito
Vá lá fora e veja sozinha
Agora tô sem tempo
Você sabe é assim mesmo
Vivo com a cabeça cheia
Mas não se desespere, não vá embora
Agora tenho tempo

Todos juntos, só que cada um tem sua vida
Pagando pelo mesmo pedaço
Um em cima, outro em baixo
Não fale alto, não arraste os móveis
Portas fechadas não incomodam
Dentro de cada prédio
Para afastar o tedio
As pessoas se acumulam
E quando chega a hora
Do apartamento
As pessoas se confundem
E se dispersam
E se misturam
Tempos em tempos aparece o filho natureza
Paz e tranquilidade
A beleza do campo
A vida no campo não traz o remédio
Não volta mais enfim

Amor e restos humanos depois do fim
A construção já estremeceu
Maldade se faz assim ou pior
Resto de amor de um lado só
Sinto não sentir mais que um abismo entre nós
O grande jogo de escolhas a vida
Poderia se chamar
Vida
Certas verdades saltam da boca
Certas maldades não têm fim
Sinto não sentir mais que um abismo entre nós

Eu sou um feto e o meu pensamento está no espaço
Meu habitat é uma redoma cheia d’água
Eu sei que lá fora tudo é tão diferente
E, quando abrir os meus olhos, vou soltar um grito estridente
Papai e Mamãe vão gostar muito de mim
Dias e noites sem dormir
Fraudas sujas de cocô e xixi
Seios fartos prontos para a amamentação
E o dinheiro voando como folha numa plantação
Mesmo assim papai e mamãe vão gostar de mim
O primeiro ano é sempre muito engraçado
E fazem mil planos para mim
E se eu conseguir eles vão gostar mais de mim
E se eu não consegui mesmo assim vão gostar de mim
Papai e mamãe mais de mim