Seleções feitas de belíssimos cacos de outros discos e gravações raras formam um mosaico que, sendo reverente às suas origens, tem beleza e vida própria.

Os volumes da coleção Revisitados percorrem períodos significativos na carreira de nomes fundamentais da música popular brasileira. Com ilustrações de Emílio Rangel (6D), o projeto gráfico reinterpreta, por meio de imagens icónicas, emblemas, cores e formas, o universo criativo de cada artista. As artes foram publicadas na seção 200 Best Illustrations, da revista Archive.

Gal Costa 1 e 2 – 2003
A mutante Gal Costa percorreu o repertório mais variado e significativo de seu tempo e, sendo ela mesma, se multiplicou, expandindo o sentido de cada canção até o limite, e o limite do seu canto, sendo muitas. O primeiro CD da série Revisitados se baseia no período que vai de Domingo (1967) até Minha Voz (1982). O mesmo período inspira o segundo volume do título Gal Revisitada, no qual a evolução e a perfeita integração de suas influências, que vão de João Gilberto ao jazz americano, podem ser observadas e admiradas nesse disco, por todos os fãs e novos ouvintes da cantora.

Gilberto Gil – 2004
Múltiplo e coerente, abençoado pelos deuses da música e da poesia, Gilberto Gil, ao abraçar e reprocessar diversas tendências, enriquece o patrimônio da música brasileira e ao mesmo tempo desenha e reflete a cara de um Brasil em movimento.

Chico Buarque – 2004
Chico Buarque, sem filiação a grupos ou movimentos e na contramão dos modismos, é um dos maiores artistas brasileiros de todos os tempos. O elo essencial entre a tradição e a modernidade de nossa música popular.

Luiz Melodia – 2004
Forjada nas oficinas mais hábeis do samba, a música de Luiz Melodia se misturou a novas influências, se transformou e, sempre fiel ao samba, revelou um dos artistas mais originais na história da nossa música popular.

Elis Regina – 2005
Elis Regina é a cantora-síntese. Uma unanimidade e referência da arte de cantar em todo o mundo. É pura emoção a cada palavra e canta relaxadamente porque cantar é seu destino. Neste volume, uma amostra do suíngue irresistível de Elis, com gravações de sua fase Philips.

Maria Bethânia – 2005
Quando Maria Bethânia chegou ao Rio com as missões de substituir Nara Leão no espetáculo Opinião e de salvar o Carnaval, alguma coisa a mais aconteceu entre o céu e a Terra do que supõe a nossa vã filosofia… Bethânia veio da nobreza popular do Recôncavo, onde aprofundou sua ligação indissolúvel com a música de seu povo. E quando achamos que podemos prever o que ela fará, somos surpreendidos pela originalidade de sua arte. Bethânia sempre compreendeu o que canta, dispensando artifícios e adjetivos. Ao colar sua alma no sentido original da canção e revelar esta em estado puro, sua voz inunda nossas vidas com poesia e beleza.

Jorge Ben – 2006
Todo mundo entendeu quando aquele jovem alquimista da pele preta chegou com um samba esquema novo. E todos fomos atrás daquela música que não só era bossa nova, como trazia ingredientes que, misturados ao irresistível balanço do seu violão e ao lirismo singular de suas letras, tomaram conta das rádios, lojas de discos, casas e ruas de nossas vidas. O aparecimento de Jorge Ben foi a última unanimidade inteligente da música brasileira e, desde então, o Brasil ficou muito mais divertido.

Marrom – 2006
Alcione é luxo só. Com um timbre belíssimo e uma técnica impecável, sua voz morena e quente vem do coração e fala diretamente aos corações de milhões de brasileiros, para quem ela é a Marrom: a maior cantora do mundo cuja missão é interpretar as canções que melhor traduzem as alegrias e as tristezas de suas vidas.