Conhecido por seu sempre inspirado viés romântico, Murilo Antunes é autor de adoradas pérolas da canção popular brasileira.
Compositor nascido no Vale do Jequitinhonha, Murilo Antunes teve em sua infância forte contato com a cultura folclórica da região e a riqueza da folia de reis, do congado, da marujada e das festas populares. Esta influência está presente em sua obra, principalmente nas parcerias com Tavinho Moura. Ainda adolescente, já em Belo Horizonte, começou a frequentar as rodas de músicos,
onde conheceu vários de seus parceiros. Tem mais de 200 composições em diversos gêneros como baladas, valsas, toadas, rocks e sambas. Seus parceiros mais constantes são Tavinho Moura, Flávio Venturini, Flávio Henrique, Beto Guedes, Lô Borges, Toninho Horta, Nelson Ângelo, Vítor Santana, Wagner Tiso, Célio Balona, Nivaldo Ornelas e Cláudio Nucci. Além das gravações dos parceiros citados, suas canções também foram interpretadas por Milton Nascimento, Leila Pinheiro, Nana Caymmi, Jane Duboc, Maria Rita, MPB-4, Legião Urbana, Djavan, Mart’nália, Paulinho Pedra Azul, Michael Brecker e Emílio Santiago.
Publicou os livros de poema “O Gavião e a Serpente” (1979) e “Musamúsica” (1990), ambos com edições esgotadas, além de diversos textos em revistas e jornais literários. No cinema, trabalhou na produção do filme “O Aventureiro do São Francisco” e criou, com Tavinho Moura, a trilha para “Perdida”, ambos de Carlos Alberto Prates Correia. Ainda em parceria com Tavinho, fez a trilha para “O Bandido Antônio Dó”, de Paulo Leite Soares. Atuou nos curtas “Irmãos Piriá”, de Luis Alberto Sartori e “Solidão”, de Aluizio Salles Jr., de quem foi assistente de direção no filme ‘Famigerado’, baseado em conto de Guimarães Rosa.
Em 2012, foi lançado “Como se a vida fosse música”, documentário dirigido por Fernando Batista (Noir Filmes), que conta a história e passeia pela obra deste grande compositor e poeta brasileiro. O filme está disponível também em DVD.