3Pontas
Apresentação
It’s true what they say
“A Três Pontas foi criada em 1975, por jovens autores interessados em resguardar suas obras. Além de antenados com o mundo, o país e a música, queriam que suas criações continuassem sob seu domínio. É uma editora de autores, que recebe e protege, além das composições de seus sócios, o trabalho de diversos outros amigos de profissão. É uma editora diferente, que pensa com os olhos, as mentes e os corações de autores. Acreditamos no direito autoral e na liberdade”. Fernando Brant
“Sem dúvida Minas é o lugar aonde reina a criatividade musical. Wilson Lopes, além de ótimo instrumentista e que atualmente participa de minha banda, se tornou meu parceiro em composições. E como dá certo!!! Viva Gerais, viva Wilsinho e viva a moçada toda, de todos os estilos que fazem som.”
“Sempre se diz: poesia é uma coisa, letra de música é outra. Mas eu acho que no caso do Murilo Antunes é sempre poesia.”
“Compositor fiel às técnicas de execução, Tavinho Moura parte de células rítmicas do universo violês para homenagear festeiros, dançantes, crianças, filhos do Brasil. O universo da viola vai se misturando ao imaginário do sertão que já não há. Quem vier de boa vai ganhar um passeio pelas brenhas e recônditos mais escondidos da música. O erudito foi violado. A viola se eruditou.”
“Ronaldo Bastos é um compositor que consegue estar ao mesmo tempo no centro da tradição mais sofisticada e inventiva da canção brasileira e ser também uma espécie de estrangeiro para esta mesma tradição.”
“Ao retratar em palavras as alegrias simples de sua gente, (…) Fernando Brant forneceu aos ouvintes dos outros estados – bem como aos estrangeiros que tenham tido a felicidade de compreender-lhe o português – uma paisagem familiar. ”
Fernando Brant compôs canções eternas, alguns dos principais clássicos da música brasileira.
Suas parcerias com Milton Nascimento, Lô Borges, Tavinho Moura, Geraldo Viana, entre muitos outros, alcançaram os quatro cantos do planeta. Com uma trajetória marcada também pela defesa dos direitos do autor, Brant fundou ao lado de Ronaldo Bastos a Editora 3PONTAS cujo catálogo reúne canções de grandes compositores.
Fernando Rocha Brant nasceu em Caldas (MG), em 9 de outubro de 1946. Filho de pais mineiros, aos cinco anos mudou-se para Diamantina e, aos 10, foi para Belo Horizonte. Seu envolvimento com música e literatura aumentou quando cursava a faculdade de Direito. No início dos anos 60, conheceu o amigo Milton Nascimento. Em 1967, Milton conseguiu convencer o então hesitante Brant a escrever sua primeira letra. Era “Travessia“, composição que, no mesmo ano, ganhou o segundo lugar no II Festival Internacional da Canção, no Rio de Janeiro, funcionando como o estopim da carreira de sucesso de Milton. Em 1969, iniciou a carreira de jornalista na revista “O Cruzeiro”. Nesse mesmo ano, em Belo Horizonte, Brant e os amigos começaram a articular um movimento que se tornaria o Clube da Esquina.
De lá para cá, compôs com Milton Nascimento, Tavinho Moura, Toninho Horta, Wagner Tiso, Lô Borges, Beto Guedes, Robertinho Brant, Flávio Venturini, Dori Caymmi e outros – mais de trezentas canções. Em parceria com Milton compôs clássicos como ‘San Vicente’, ‘Saudade dos Aviões da Panair’, ‘Ponta de Areia’, ‘Maria, Maria’, ‘Canção da América’ e ‘Nos Bailes da Vida’. Foi e é gravado por importantes intérpretes brasileiros e estrangeiros como Milton Nascimento, Elis Regina, Gal Costa, Simone, Nana Caymmi, Fafá de Belém, Joyce, Gonzaguinha, Beto Guedes, Lô Borges, MPB-4, Ney Matogrosso, 14 Bis, Tavinho Moura, Sarah Vaugh, Paul Simon, Björk, Wayne Shorter, Tony Bennet, Mercedes Sosa e Sérgio Mendes.
Em 1997, Tavinho Moura e Brant produziram o disco “Conspiração dos Poetas”, que apresenta parte de sua vasta obra conjunta. Trata-se também da celebração à amizade entre os dois artistas. Lançado em 2002, Outubro – Colecionave Fernando Brant reúne composições do autor na voz de seus principais intérpretes. Um tributo que expõe a força e a amplitude da obra do autor.
Brant também escreveu os roteiros e letras para os espetáculos ‘Maria, Maria’ e ‘Último Trem’, encenados pelo Grupo Corpo, para o musical ‘Manoel, O Audaz’ e para musicais do grupo de teatro Ponto De Partida; roteiro e diálogos do curta-metragem ‘Os Irmãos Piriá’; além de canções para trilhas de diversos filmes nacionais e novelas. Criou, juntamente com Tavinho Moura, o espetáculo “Fogueira do Divino”, uma ópera popular brasileira.
Ronaldo Bastos é um compositor capaz de passear por diferentes universos artísticos e inventar novidades em todos eles.
Tendo abordado os mais variados temas – do romance à crítica social, do mundo pop à preservação da natureza –, sua obra agrega os gêneros formadores da canção brasileira e engloba outros mais. É poética e esteticamente diversa, sem jamais deixar de ser simples, sofisticada e popular, como ensinou Caymmi.
Nascido em Niterói (RJ) e fascinado pelos grandes sambistas do Rio de Janeiro, Ronaldo Bastos Ribeiro era menino ainda quando fugia da escola para visitar a casa de Heitor dos Prazeres. Inspirado no célebre compositor e pintor carioca, escreveu com amigos de colégio suas primeiras marchinhas de carnaval. No fim da década de 1960, compôs “Três Pontas” ao lado de Milton Nascimento, dando início a uma criativa parceria, que renderia clássicos como “Fé Cega, Faca Amolada”, “Nada Será Como Antes” e “Cravo e Canela”. Gravada originalmente no hoje clássico álbum “Travessia” (1967), a música inspirou o nome da editora que Ronaldo fundou com seu sócio Fernando Brant em 1975.
Sua obra conta com mais de trezentas canções, tendo como parceiros além de Milton Nascimento, Antônio Carlos Jobim, Paulo Jobim, Toninho Horta, Caetano Veloso, Edu Lobo, Flávio Venturini, Lô Borges, Beto Guedes, Johnny Alf, João Donato, Lulu Santos, Ed Motta, entre outros. Suas canções mereceram vozes famosas como as de Elis Regina, Sarah Vaughan, Nana Caymmi, Gal Costa, Maria Bethânia, e foram cantadas também por seus parceiros. Autor dos versos em português para “Lately” e “Till There Was You”, é considerado um dos grandes versionistas brasileiros.
Como produtor, foi premiado diversas vezes por seu trabalho em discos, alguns deles clássicos, como “Minas” (1975) e “Gerais” (1976) de Milton Nascimento, “Recado” de Gonzaguinha (1978), “Sol de Primavera” (1979) de Beto Guedes e “Nana Caymmi” de Nana Caymmi (1981).
Sem abandonar a carreira de letrista, fundou o selo Dubas em 1994, com o lançamento de seu disco de parcerias com Celso Fonseca, “Sorte”. O disco foi o primeiro de uma trilogia, seguido por “Paradiso” e “Juventude/Slow Motion Bossa Nova”, este último indicado ao Grammy Latino em 2002. Também pela Dubas relançou o disco “Cais”, com gravações originais para canções de sua autoria. Em 2011, “Liebe Paradiso” apresentou uma releitura moderna de “Paradiso”, o segundo da trilogia com Celso Fonseca, e se tornou um dos discos recentes mais cultuados pela crítica especializada. Assim como “Pedras Que Rolam, Objetos Luminosos” (2015), no qual a cantora Jussara Silveira interpreta algumas pérolas da obra conjunta de Beto Guedes e Ronaldo Bastos.
Em parceria com o produtor Leonel Pereda, introduziu no mercado um novo conceito de compilações de música brasileira com as séries Bossa Nova Lounge, Revisitados, Colecionave e Tropique Samba Lounge, que mostram que como produtor fonográfico, Ronaldo mantém o estilo moderno e inovador pelo qual sempre se destacou no cancioneiro popular e no universo do disco no Brasil.
Profundo conhecedor das nossas tradições populares, Tavinho Moura construiu uma obra notável pela harmoniosa rigidez, coerência e lealdade às suas convicções artísticas.
Tavinho Moura é mineiro, nascido em Juiz de Fora, e sua contribuição para nossa cultura ultrapassa em muito o universo estrito de suas belas composições: ele tem sido um incansável pesquisador, descobridor e divulgador das tradições brasileira, especialmente de Minas Gerais. Em 1969, participou do primeiro Festival Estudantil da Canção, ganhando o segundo lugar com a música Como Vai Minha Aldeia, parceria com Márcio Borges. Nesta oportunidade, estreitou laços artísticos e de amizade com músicos como Lô Borges, Beto Guedes, Toninho Horta, Milton Nascimento, Túlio Mourão e Murilo Antunes. Jornalista de formação, Fernando Brant, que à época já havia assinado suas primeiras composições, estava entre os jurados do festival. A trilha sonora do filme O Homem de Corpo Fechado (1972), de Schubert Magalhães, marca o primeiro trabalho formal de Tavinho como compositor. Desde então, paralelamente aos discos autorais lançados, construiu uma reconhecida carreira ligada à sétima arte. Ganhou inúmeros prêmios pelos trabalhos em uma longa lista de filmes: Cabaret Mineiro, Perdida, Noites do Sertão, Minas Texas, Vivos ou Mortos e O Tronco, entre outros. Os mais consagrados intérpretes brasileiros buscam no clássico popular de Tavinho seus momentos de maior densidade de expressão. Entre eles, estão Milton Nascimento, Beto Guedes, Almir Sater, Boca Livre, 14-Bis, Flávio Venturini, Simone, Pena Branca e Xavantinho, Engenheiros do Havaí e muitos outros.
A crítica especializada reverencia sua composição e investiga o vocabulário adequado para, com nitidez, traduzir a percepção do gênero, da forma e do conteúdo estético incomuns e instigantes de sua obra. São mais de 10 discos lançados, entre os quais Como Vai Minha Aldeia (1978), Tavinho Moura (1980), Cabaré Mineiro (1981), Engenho Trapizonga (1982), Noites do Sertão (1992), O Aventureiro do São Francisco (1994), Diadorado – Instrumental de Viola (1995). Em 1997, lançou “Conspiração dos Poetas” em parceria com Fernando Brant, um dos seus parceiros mais frequentes. O disco celebra uma amizade de mais de 30 anos. Também em parceira com Brant, criou o musical Fogueira do Divino que representa uma síntese da formação do povo brasileiro.
Dois anos depois, assinou a trilha sonora do filme O Tronco, que se passa em 1919 durante um conflito entre líderes políticos no Norte do Brasil. Em uma trama complexa e cheia de personagens, é a exatamente a música de Tavinho, com seus elementos regionais, que ajuda o público a obter uma compreensão ampla dos dramas retratados na história.
Com direção musical de Beto Lopes, o álbum Cruzada, lançado em 2001, traz arranjos de instrumentos de sopro e cordas pelo maestro Geraldo Vianna, e a participação especial da cantora Marina Machado, e do compositor e cantor Zé Renato, que canta com Tavinho em um belo tributo a Milton Nascimento. Em 2004, a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, com arranjos e regência de Wagner Tiso, interpretou 16 obras do repertório de Tavinho. O compositor descreveu o projeto como “um sonho que é sonhado por todos os compositores que amam a música popular brasileira”.
Lançado em 2007, “Maria do Matué – Uma História do Rio São Francisco” marcou a estreia de Tavinho Moura na literatura. O livro resgata memórias e reconstrói vivências ditadas pelo ritmo do Rio São Francisco, sobretudo na região norte de Minas Gerais. “Rua do Cachorro Sentado”, o CD produzido para acompanhar o livro, tem 12 faixas, todas escritas por Tavinho Moura, algumas em parceria com Fernando Brant ou Ronaldo Bastos.
Em 2013, Tavinho Moura voltou aos estúdios para gravar “Minhas Canções Inacabadas”, no qual apresenta, em voz e violão, um repertório íntimo com originalidade e leveza. Lançado em 2015, em Beira da Linha, Tavinho Moura e sua viola catalisam riquezas transcendentais.
“Me sinto obrigado a criar algo que acrescente alguma coisa a aquele mundo específico e para isso solicito sempre um motivo condutor, aquele que com o passar dos anos se sedimentou na memória. Músicas que ouvi desde quando menino, que envelheceram comigo e que hoje me iluminam aonde
vou.” Tavinho Moura.
Portanto, desde o final dos anos 70, Tavinho Moura vem nos deleitando a cada composição, cada descoberta, cada interpretação, cada releitura, cada trilha, cada álbum. E o Anjo Na Varanda, seu lançamento mais recente, não é exceção.
Conhecido por seu sempre inspirado viés romântico, Murilo Antunes é autor de adoradas pérolas da canção popular brasileira.
Compositor nascido no Vale do Jequitinhonha, Murilo Antunes teve em sua infância forte contato com a cultura folclórica da região e a riqueza da folia de reis, do congado, da marujada e das festas populares. Esta influência está presente em sua obra, principalmente nas parcerias com Tavinho Moura. Ainda adolescente, já em Belo Horizonte, começou a frequentar as rodas de músicos,
onde conheceu vários de seus parceiros. Tem mais de 200 composições em diversos gêneros como baladas, valsas, toadas, rocks e sambas. Seus parceiros mais constantes são Tavinho Moura, Flávio Venturini, Flávio Henrique, Beto Guedes, Lô Borges, Toninho Horta, Nelson Ângelo, Vítor Santana, Wagner Tiso, Célio Balona, Nivaldo Ornelas e Cláudio Nucci. Além das gravações dos parceiros citados, suas canções também foram interpretadas por Milton Nascimento, Leila Pinheiro, Nana Caymmi, Jane Duboc, Maria Rita, MPB-4, Legião Urbana, Djavan, Mart’nália, Paulinho Pedra Azul, Michael Brecker e Emílio Santiago.
Publicou os livros de poema “O Gavião e a Serpente” (1979) e “Musamúsica” (1990), ambos com edições esgotadas, além de diversos textos em revistas e jornais literários. No cinema, trabalhou na produção do filme “O Aventureiro do São Francisco” e criou, com Tavinho Moura, a trilha para “Perdida”, ambos de Carlos Alberto Prates Correia. Ainda em parceria com Tavinho, fez a trilha para “O Bandido Antônio Dó”, de Paulo Leite Soares. Atuou nos curtas “Irmãos Piriá”, de Luis Alberto Sartori e “Solidão”, de Aluizio Salles Jr., de quem foi assistente de direção no filme ‘Famigerado’, baseado em conto de Guimarães Rosa.
Em 2012, foi lançado “Como se a vida fosse música”, documentário dirigido por Fernando Batista (Noir Filmes), que conta a história e passeia pela obra deste grande compositor e poeta brasileiro. O filme está disponível também em DVD.
Fundador do grupo Uakti, Marco Antônio Guimarães é um criador musical em todos os sentidos e dimensões do termo.
Nascido em Belo Horizonte, o compositor, arranjador, construtor de instrumentos e violoncelista viveu a fase mais decisiva de sua formação profissional em Salvador. A partir de meados da década de 1960, estudou regência na Universidade Federal da Bahia, onde teve contato com dois músicos que o influenciaram de maneira definitiva: Walter Smetak e Ernst Widmer. As pesquisas sonoras empreendidas por Smetak o estimularam a pensar música para além da música e se traduziriam mais tarde em impulso para – assim como o mestre – construir instrumentos não-convencionais. Widmer, por sua vez, considerado pelo próprio Marco Antônio Guimarães sua principal influência no processo de criação musical, o ajudou a desenvolver seu apurado senso a respeito das formas folclóricas de expressão musical no Brasil em diálogo com a música erudita.
Em seguida, Guimarães atuou durante 15 anos como violoncelista em orquestras sinfônicas de Minas Gerais e São Paulo. Neste período, começou a construir seus famosos instrumentos musicais a partir de materiais como tubos de PVC, copinhos de iogurte, borracha, pedras, madeiras diversas e lâminas de vidro. Em 1978, criou o grupo Uakti junto com os percussionistas Paulo Sérgio Santos e Décio Ramos, e o flautista Artur Andrés Ribeiro, músicos da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais à época, desenvolvendo assim as técnicas de execução de seus instrumentos peculiares. Desde a primeira apresentação pública em 1980 até o encerramento do grupo em 2016, foram 14 discos gravados e um DVD.
Além do trabalho singular como arranjador (tanto para apresentações e discos do Uakti, quanto em colaboração com outros artistas), Marco Antônio Guimarães se notabilizou como autor de músicas para espetáculos de dança e trilhas sonoras de obras audiovisuais. São cinco balés para o Grupo Corpo: Uakti (1988), 21 (1992), Sete ou oito peças para um ballet – com Philip Glass (1994), Bach (1996) e Dança Sinfônica (2015). No cinema, destacam-se as trilhas sonoras para Outras Estórias (Pedro Bial, 2000), para Lavoura Arcaica (Luiz Fernando Carvalho, 2001) – premiada nos festivais de Brasília, de Havana e de Cartagena -, e para Ensaio Sobre a Cegueira (Fernando Meirelles, 2008).
Alguns destes trabalhos foram gravados em disco e compõem sua discografia solo: Cirandas (2001), Bach/Vivaldi – Criação Livre (2001), Baticum (2002), Lavoura Arcaica – Trilha Original (2002), A Pedra do Reino – Trilha Original (2008), Dança Sinfônica – Trilha Original para o Grupo Corpo (2015)
Tesouro musical de rara beleza, a obra de Godofredo Guedes é um artesanato fino que remonta à formação da música popular no Brasil.
Nascido em Riacho de Santana, na Bahia, Godofredo Guedes (1908 – 1983) viveu grande parte de sua vida em Montes Claros, norte de Minas Gerais. Gegê, como era carinhosamente chamado, era pai de Beto Guedes e avó de Gabriel e Ian Guedes, todos músicos. Multiartista, ele foi luthier, artista plástico, instrumentista e compositor. Seu cancioneiro, composto por cerca de 100 obras, inclui choros, sambas, serestas, modinhas, valsas, foxtrotes e marchinhas, algumas inéditas ou pouco conhecidas pelo público.
Entre suas obras-primas está “Cantar”, que ganhou gravações de Cristina Buarque, Tavinho Moura, Paulinho Pedra Azul, Paula Toller e Caetano Veloso. O neto Gabriel Guedes lançou em 2003 o CD “Choros de Godofredo”, em que interpretou choros inéditos do avó.
Produtor, arranjador, compositor e violonista, Geraldo Vianna é um músico completo
Geraldo Vianna atua no mercado musical desde a década de 1980, tendo produzido cerca de duas centenas de CDs e DVDs de artistas de destaque nacional. Trabalhou com as gravadoras Movieplay, Sony, Eldorado, Velas, Empowerment e vários selos independentes. Produziu e fez arranjos para inúmeros artistas, entre eles Fernando Brant, Tavinho Moura, Juarez Moreira, Tadeu Franco, Waldir Silva, Helena Penna, Pena Branca e Xavantinho, Trio Amaranto e Cadu de Andrade.
Dirigiu vários shows e produziu trilhas para vídeo e cinema. Como arranjador e orquestrador, participou das trilhas musicais dos filmes “Amor & Companhia”, de Helvécio Ratton, e “O Tronco”, de João Batista de Andrade. Em 2007 escreveu e dirigiu o documentário “Violões de Minas”, contando a história do instrumento no estado. Em sua carreira solo lançou oito CDs e um DVD.
O maravilhoso mundo musical de Nelson Ângelo passeia com versatilidade pelos mais diversos gêneros da música brasileira.
Compositor, músico, arranjador e cantor, Nelson Ângelo é um nome bastante respeitado da música brasileira contemporânea. Começou a compor em meados da década de 60 e poucos anos mais tarde se tornou músico profissional. Nesta época, se apresentou em auditórios, clubes noturnos e bares e se mudou para o Rio de Janeiro, onde conheceu músicos e parceiros. Em 1968, interpretou com Milton Nascimento, Cynara e Cybele, a música Sentinela, no festival da Record, a música “Sentinela”, de Milton Nascimento e Fernando Brant. Em 1969, ao lado de Franklin da Flauta, Geraldo Azevedo e Naná Vasconcelos formou o Quarteto Livre com o qual participou de festivais, temporadas teatrais e fez shows pelo Brasil.
Dividiu o palco com diversos artistas nacionais e internacionais e participou de gravações de discos de Milton Nascimento, Tom Jobim, Alaíde Costa, Edu Lobo, Elis Regina, Clementina de Jesus, Nana Caymmi, Chico Buarque, Sérgio Mendes, Luís Eça, Luiz Bonfá, Rosinha de Valença, Nana Caymmi e Sarah Vaughan. Em 1971, fundou com Naná Vasconcelos, Joyce, Novelli e Toninho Horta, o grupo musical A Tribo. Dois anos mais tarde, em sua primeira viagem à Europa, gravou o álbum “Naná & Nelson Angelo & Novelli”. Depois disso, fez temporadas em Paris, onde gravou o álbum “Mineiro Pau” e participou como convidado de trabalhos de diversos artistas. Entre 2007 e 2008, a Dubas lançou dois discos do artista: “Minas Em Meu Coração”, uma conversa musicada sobre o sudeste brasileiro, o sertão e as cidades que fizeram parte da vida de Nelson Angelo; e “Tempo Diferente”, um mosaico que retrata a trajetória singular e sem concessões deste músico brasileiro moderno e inovador.
O compositor Cacaso foi seu parceiro em mais de 50 canções e no musical ‘Táxi’. Nelson compôs também com Milton Nascimento, Fernando Brant, Ronaldo Bastos, Murilo Antunes, Sérgio Sant’Anna, entre outros.
Os compositores da 3Pontas são responsáveis por um repertório riquíssimo entre canções inéditas e pérolas imortalizadas pelos grandes nomes da nossa música.
Wilson Lopes
Instrumentista, compositor, bacharel e professor de música na Universidade Federal de Minas Gerais. Natural de Pitangui, Minas Gerais, veio para Belo Horizonte no início dos anos 70. Entre as influências mais importantes em sua formação musical estão: Milton Nascimento, Toninho Horta, Hermeto Pascoal, Miles Davis, Wayne Shorter. Músico integrante da banda de Milton Nascimento desde 1993, com quem gravou nos álbuns Ângelus (1993), Nascimento (1997), Gil e Milton (2000), Pietá (2002) e Milton Nascimento e Belmondo (2008). Divide parceria nas músicas De um Modo Geral, Coisas de Minas, O Cavaleiro, A Lágrima e o Rio e Sexta-Feira. Idealizou, junto com o irmão Beto Lopes, o projeto “Nossas Mãos – Duo de Violões”, que rendeu um primeiro álbum em homenagem a Milton Nascimento (1999), o segundo em homenagem ao Clube da Esquina (2005), e o terceiro em homenagem a Toninho Horta (2008). Paralelamente à atuação como músico da banda de Milton Nascimento e ao projeto Nossas Mãos, lançou seu primeiro CD solo em 2001 Estórias do Dia, com composições próprias e algumas releituras de clássicos, como Asa Branca, (Luiz Gonzaga / Humberto Teixeira), Leão do Norte, (Lenine / Paulo César Pinheiro) e Merceditas do argentino Ramon Sixto Rios.
Robertinho Brant
Músico, compositor, cantor e produtor musical, Robertinho Brant iniciou sua carreiraem meados da década de 80. Em 1994, lançou seu primeiro disco ‘Lugares’, com produção de Juarez Moreira e Fernando Brant. O álbum contou com as participações de Milton Nascimento, Beto Guedes, Toninho Horta, Nivaldo Ornelas, Jacques Morelembaum e Boca Livre. Dois anos mais tarde, produziu o seu CD ‘Renascimento’, com releituras instrumentais de músicas de Milton Nascimento. Lançado também nos EUA e Europa, o álbum foi bastante elogiado pela crítica internacional.
Foi gravado por artistas como Bebel Gilberto, Seu Jorge, Paula Santoro, Marina Machado, Lô Borges e Tadeu Franco. Suas músicas gravadas por Seu Jorge no CD ‘Cru’ renderam elogios de Bem Ratiff, crítico musical do jornal The New York Times.
Túlio Mourão
Músico, compositor, arranjador e produtor musical Túlio Mourão é criador de uma obra marcada pela diversidade. Suas músicas foram gravadas por Maria Bethânia, Zimbo Trio, Nara Leão, Milton Nascimento, Tavinho Moura, Jane Duboc, Eugênia Melo Castro, Ney Matogrosso, Oswaldo Montenegro, Tadeu Franco, entre outros. Sua música ‘A Primeira Estrela’, foi gravada pelo saxofonista americano Bob Berg, numa produção de Chic Corea e participação de Steve Gad, Victor Bailey e Gil Goldstein. É parceiro de Adélia Prado, Fernando Brant, Ronaldo Bastos, Milton
Nascimento, Abel Silva e Nelson Motta. Suas trilhas para cinema foram premiadas nos Festivais de Gramado e de Cinema de Natal e Túlio ainda recebeu o prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte (ABPD).
Ladston do Nascimento
Músico, compositor e cantor, Ladston do Nascimento gravou seu primeiro disco ‘Vida’ em 1991, com produção do parceiro Antônio Martins e arranjos de Zezinho Moura. O segundo álbum ‘A voz do coração’, lançado em 1998, com arranjos de Juarez Moreira, foi distribuído também nos EUA, Europa e Japão com o nome ‘Voice of the Heart’. Este trabalho foi apontado pela revista americana Jazztimes como um dos melhores lançamentos do ano. Em 2003, lançou ‘Simbora João!’, que contou com a participação de Edu Lobo. Criou trilhas sonoras para mais de 70 espetáculos teatrais e recebeu prêmios por algumas delas. Foi classificado para as 6ª e 9ª edições do Prêmio VISA MPB Compositores, em São Paulo e foi um dos vencedores do III Prêmio BDMG Instrumental.
Maurício Maestro
Cantor, arranjador e instrumentista autodidata. Começou sua carreira artística profissional integrando, juntamente com David Tygel, Zé Rodrix e Ricardo Villas, o grupo vocal Momentoquatro, com o qual acompanhou Edu Lobo na apresentação de ‘Ponteio’, no Festival da Record em 1967. Em 1969, fez seu primeiro arranjo para a música ‘Mustang cor de sangue’, de Marcos Valle. Entre 1975 e 1977, atuou em dupla com a cantora e compositora Joyce. É um dos fundadores, ao lado de David Tygel, Zé Renato e Claudio Nucci, do grupo Boca Livre, com o qual atua até hoje e gravou os discos ‘Boca Livre’ (1979), ‘Bicicleta’ (1981), ‘Folia’ (1982), ‘Boca Livre em Cocerto’ (1989), ‘Dançando pelas Sombras’ (1992), ‘Song Boca’ (1995), ‘Americana’ (1996), ‘Boca Livre Convida: 20 anos’ (1998) e ‘Boca Livre e 14 Bis ao vivo’ (2000).