vai ter que fazer a delicadeza de me desculpar | mas o meu samba não adianta nem
você tentar | esse eu não dou, não vendo, não troco, não tá pra alugar || meu samba
é meu rebento, feito de contratempo | é meu mais rico alimento, | fundamental pro
meu sustento e eu não pretendo largar || vai ter de fazer a delicadeza de me desculpar
| mas o meu samba não adianta nem você tentar | esse eu não dou, não vendo,
não troco, não tá pra alugar || meu samba é meu rebento, feito no contrabando do
tempo | é meu mais rico alimento, | fundamental pro meu sustento e eu não pretendo
largar || só vendo mesmo | se eu não tiver mais ao que apelar | e aí vai oco, vai sem
sentimento | que esse elemento eu não consigo separar || pra ser sincero é preciso
que o peito saiba sambar | que nele bata um coração que saiba levar | mas esse eu não
vendo, querendo vai ter que roubar