“Fundado pelo letrista Ronaldo Bastos em 1993, o selo Dubas mantém desde então uma rara coerência artística, coerência que permite aquela experiência sinestésica primeiro a quem concebe suas capas e depois a quem ouve os CDs de seu catálogo. Se se espalhar os discos da Dubas sobre uma mesa de pingue-pongue, e se eles forem sendo agrupados por associações de imagens, não será surpresa se ao final se descobrir que também foram criadas associações de sons. Afinal, nada ali é casual. Ainda que fossem excluídos os títulos de uma coleção, o que seria um pecado em se tratando de uma Revisitados ou de uma Bossa Nova Lounge, as capas avulsas formariam frases coloridas e inteligíveis, aqui e ali pontuadas pelas capas escuras de um clássico como Travessia, de Milton Nascimento, ou do moderníssimo Liebe Paradiso, no qual o produtor Leonel Pereda – diretor artístico do selo – e o engenheiro de som Duda Mello recriaram Paradiso, de Ronaldo e Celso Fonseca.”