Hoje se comemora o Dia Internacional da Dança, efeméride criada pela UNESCO em 1982. Por celebrar a data de nascimento de jean-Georges Noverre, um dos mais destacados bailarinos da história, a data é uma forma de valorizar todos os profissionais que emprestam sua técnica, estudo e paixão para o desenvolvimento desta arte no mundo hoje. Mas, para além do fazer profissional, comemorar o dia da dança é valorizar uma forma de expressão tão antiga quanto a própria humanidade, praticada nas mais diferentes culturas, e uma das principais chaves para entendermos, pensarmos e sentirmos o que somos.

O catálogo da Editora 3Pontas tem o prazer de contar com a obra de Marco Antônio Guimarães, um artista capaz de pensar e criar música em todas as suas dimensões. Não por acaso, sua contribuição para o universo da dança está entre as mais estudadas e admiradas do Brasil. Fundador do grupo Uakti, além do trabalho singular como arranjador, compositor de música erudita, trilhas e canções, Guimarães se notabilizou como autor de músicas para espetáculos de dança, principalmente em colaboração com o Grupo Corpo.

Entre 1988 e 2015, Marco Antônio Guimarães compôs 5 balés para o grupo mineiro de dança contemporânea: Uakti (1988), 21 (1992), Sete ou oito peças para um ballet – com Philip Glass (1994), Bach (1996) e Dança Sinfônica (2015).

 

Em “Dança Sinfônica”, espetáculo que marca os 40 anos do Grupo Corpo e revisita a tradição de brasilidade criada pela companhia, Marco Antônio Guimarães se firma definitivamente como um dos maiores compositores para balés do Brasil. Intimamente conectado à questão da materialidade na música, o inventor de instrumentos tem aqui parte importante de sua obra expressa nos corpos dos bailarinos, segundo a coreografia de Rodrigo Pederneiras.